Frente Parlamentar de Proteção à Saúde Mental organiza força-tarefa de apoio psicológico às vítimas do tornado em Rio Bonito do Iguaçu

A iniciativa foi apresentada durante a sessão extraordinária da Assembleia Legislativa

11/11/2025 16H42

Foto: Medida foi anunciada na sessão extraordinária do último domingo, dia 9/crédito: Divulgação

A deputada estadual Ana Júlia Ribeiro anunciou que a Frente Parlamentar de Proteção à Saúde Mental, presidida por ela, está articulando uma força-tarefa de atendimento psicológico às vítimas do tornado que devastou o município de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do estado. A iniciativa foi apresentada durante a sessão extraordinária da Assembleia Legislativa do Paraná, que aprovou medidas emergenciais de apoio ao município.

A ação está sendo organizada em parceria com o Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) e faculdades e tem como objetivo oferecer acolhimento emocional e acompanhamento técnico às famílias e pessoas que se encontram em situação de sofrimento diante da tragédia. “É um momento muito difícil e delicado, e por conta disso a Frente está em diálogo com o Conselho Regional de Psicologia para formar uma equipe técnica que realize o atendimento psicossocial na região”, afirmou Ana Júlia.

O tornado, com ventos de até 350 km/h, deixou um rastro de destruição, provocando mortes, dezenas de feridos e centenas de famílias desabrigadas. Em resposta, a Assembleia aprovou medidas emergenciais para agilizar o repasse de recursos e desburocratizar o atendimento às vítimas.

A deputada Márcia Huçulak, que já foi secretária municipal de Saúde de Curitiba, endossou a medida e destacou a importância de incluir o atendimento psicológico no plano de resposta do Estado. Dessa forma, as ações podem acontecer de maneira conjunta. “Quando vivemos uma catástrofe como essa, isso gera um trauma que tira as pessoas da normalidade e da segurança do dia a dia. Não tem mais casa, amanhã não tem trabalho, não tem escola. Esse momento de recuperação não é tão rápido. Esse medo gera transtornos, estresse, depressão, ansiedade. Minha preocupação enquanto profissional de saúde é pedir ao governo do Estado que olhe para isso. Saúde mental após catástrofe não é luxo ,é necessidade. O Paraná precisa olhar para esse cuidado”, afirmou.

Durante a sessão, Ana Júlia também ressaltou a atuação conjunta das esferas estadual e federal. A ministra Gleisi Hoffmann visitou o município no sábado e o ministro Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional, enviou equipes da Defesa Civil Nacional ainda na sexta-feira (8) e anunciou o repasse de R$ 15 milhões para a reconstrução da escola e do ginásio municipais. Também estão mobilizadas a Caixa Econômica Federal, o INSS e a Itaipu Binacional, que colocaram suas equipes à disposição para agilizar o apoio e contribuir com a reconstrução da cidade.

Por fim, a deputada reforçou que a tragédia deve servir de alerta sobre os impactos das mudanças climáticas e a necessidade de políticas públicas preventivas. “Enquanto o mundo discute a COP30, precisamos refletir sobre a urgência de preservar o nosso clima e proteger vidas, evitando que tragédias como essa se repitam”, concluiu.

(Com assessoria)

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