Inácio Martins e Turvo estão entre os municípios que recebem as universidades durante a Operação Rondon Paraná 2024
É um exercício de olhar para o outro, com um olhar solidário

“A Operação Rondon, além de contribuir academicamente, é uma ação que nos humaniza. É um exercício de olhar para o outro, com um olhar solidário”. A definição feita pela acadêmica Camila Ribeiro, do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) expressa o sentimento dos mais de 270 participantes – entre acadêmicos e professores – da Operação Rondon Paraná 2024.
Na edição deste ano, a programação de atividades será desenvolvida nos municípios de Boa Ventura de São Roque; Turvo; Candói; Santa Maria do Oeste; Cantagalo; Reserva do Iguaçu; Foz do Jordão; Prudentópolis; Goioxim; Pitanga; e Inácio Martins. “A expectativa, até o final da Operação, é alcançar muita gente dentro dessas cidades, ter um público bem diferenciado e, claro, deixar nosso legado em cada um desses lugares”, destaca Mônica Nunes, coordenadora acadêmica da Operação Rondon Paraná 2024.
Nesta semana, o reitor da Unicentro esteve em duas das cidades que recebem os rondonistas – Inácio Martins e Turvo. “Ver de perto as ações desenvolvidas nos mostra a dimensão da Operação Rondon, que atende a todo o público, capacita, conversa e, principalmente, ouve. Isso é muito importante porque, a partir de operações assim, as pessoas que estão participando se sentem tocadas e percebem a importância de apoiar e colaborar com o próximo”, disse.
INÁCIO MARTINS
As ações desenvolvidas abrangem as áreas de cultura; direitos humanos; educação; inclusão social; meio ambiente; saúde e tecnologia. Em Inácio Martins, por exemplo, as atividades foram orientadas por acadêmicos e professores da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e a Universidade Estadual do Paraná (Unespar). “Preparamos oficinas de reciclagem, conscientização contra o bullying e fizemos uma conversa sobre a universidade pública com os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). São atividades variadas para alcançar diferentes públicos”, detalha o professor Raphael Baldissera, do curso de Medicina Veterinária. “Nós também temos oficina para os agricultores sobre a emissão da nota fiscal e sobre como se preparar para o mercado privado. Na área de Nutrição, vamos falar sobre boas práticas de fabricação e reaproveitamento de alimentos”, acrescenta a professora Camila Matos, do curso de Engenharia de Produção, da Unespar.
Para além dos bons resultados obtidos durante a execução das oficinas, quem participa da Operação destaca que a experiência vivenciada tem reflexos, também, na formação profissional como um todo. “O Rondon é feito de pessoas e, aqui, existe uma troca de experiências muito grande. Chegamos com a expectativa de passar o conhecimento que temos, mas acabamos aprendendo muito também. Vivemos experiências que não imaginávamos que viveríamos e isso faz com que o nosso crescimento profissional e pessoas seja gigantesco”, compartilha a acadêmica Anna Luiza de Camargo Silva, do curso de Engenharia de Produção da Unespar. A acadêmica de Pedagogia da Unicentro, Karina Colarites, também destaca que participar da Operação Rondon é uma oportunidade para ampliar a visão profissional. “Acredito que seja uma experiência única porque a gente está em contato com a realidade, conhecendo como é essa realidade, podendo contribuir e, acima de tudo, compartilhar conhecimento porque eles têm muito a ensinar também”, destaca.
TURVO
No município de Turvo, as universidades estaduais de Londrina (UEL) e do Oeste do Paraná (Unioeste) ficaram responsáveis por encaminhar as atividades. Saúde bucal e mental foram alguns dos temas abordados nas oficinas. “Reunimos os profissionais da saúde e estamos trabalhando as maneiras como eles podem se organizar e trabalhar com a comunidade. Nossa intenção é que eles sejam também multiplicadores dessas informações das oficinas”, pontua a professora Sara Souza, do curso de Medicina da Unioeste. “Temos percebido que é uma troca, uma vivência que ninguém vai esquecer mais. Acho que saímos daqui não só fortalecidos, mas mudados como seres humanos”, completa.
Uma das ações, conta a professora Fernanda Pinto Ferreira, do curso de Medicina Veterinária da UEL, foi realizada na Terra Indígena Marrecas. “Fizemos atividades voltadas à saúde bucal, com avaliações. Também fizemos avaliação de glicemia e hipertensão. Estamos com uma equipe de veterinários e estudantes da área, então fizemos a avaliação dos animais também”, detalha.
Para a estudante Isabella Ortega, do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina, a experiência de participar da Operação Rondon é igualmente gratificante e desafiadora. “Estar aqui é sair da zona de conforto. Acredito que, durante a operação e depois dela, vou conseguir contribuir mais com as outras pessoas, olhar mais o próximo e saber escutar melhor também porque, como eu disse, é muito desafiador”, compartilha.
As atividades da Operação Rondon Paraná 2024 encerram no dia 19 de julho. A expectativa é de que, até o final da ação, as oficinas ofertadas no município de Turvo alcancem um número significativo de pessoas, de diferentes faixas etárias. “Até agora, pelo menos 400 pessoas já participaram, entre professores, crianças, idosos e gestantes, por exemplo”, ressalta a professora Fernanda. “Acreditamos que vamos superar a marca de mil pessoas. Temos demandas muito diferentes, então, direcionamos nossas oficinas para, por meio delas, conseguirmos abordar temas variados e de interesse de cada grupo”.
SOBRE A OPERAÇÃO RONDON PARANÁ
A Operação Rondon Paraná, semelhante ao Projeto Rondon Nacional, propõe ações que são executadas somente no Paraná. O objetivo é fortalecer a extensão universitária por meio de atividades que envolvem a participação voluntária de acadêmicos em municípios e localidades que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
(Por Maíra Machado)
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