O futuro do Aeroporto de Guarapuava e o encerramento de rotas aéreas: o que está em jogo?
* Por Diego Obal
* Por Diego Obal
Nos últimos meses, temos acompanhado com preocupação o encerramento de diversas rotas operadas pela Azul Linhas Aéreas em cidades do interior do Paraná e de outros estados. Além de fatores como a crise no setor e a elevada carga tributária, a dificuldade na manutenção de aeronaves turboélice, como o ATR 72, amplamente utilizadas nessas rotas regionais, tem sido um desafio significativo.
Guarapuava, que inaugurou voos comerciais em dezembro de 2019, estabelecendo conexão direta com o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, rapidamente demonstrou a relevância dessa rota para a região. A demanda crescente levou a Azul a aumentar a frequência dos voos, operados por aeronaves ATR 72 com capacidade para 70 passageiros. Em março de 2023, foi adicionada uma nova frequência semanal, refletindo a alta procura e a importância do serviço para os moradores e empresários locais.
Entretanto, os desafios da aviação regional são evidentes. A taxa de aproveitamento dos voos da Azul no Paraná em 2024, segundo a ANAC, coloca Guarapuava com um índice de 72,1%, um patamar razoável, mas que exige atenção para garantir a viabilidade da operação. Para efeito de comparação, outras cidades do estado registram as seguintes taxas:
• Foz do Iguaçu - 83%
• Cascavel - 79,4%
• Maringá - 79,3%
• Curitiba - 78,3%
• Londrina - 78,3%
• Guarapuava - 72,1%
• Pato Branco - 71,3%
• Ponta Grossa - 59,1%
O dado revela que Guarapuava tem um desempenho superior a Ponta Grossa e Pato Branco, mas ainda distante dos principais polos do estado. Isso reforça a necessidade de investimentos na infraestrutura aeroportuária para evitar que a cidade perca essa conquista essencial. A ampliação da pista e melhorias nas instalações do Aeroporto Tancredo Thomas de Faria são fundamentais para acomodar aeronaves de maior porte, que oferecem mais opções de manutenção e menor risco de interrupções operacionais.
Convidamos toda a população, lideranças políticas, empresários e a sociedade civil para uma audiência pública no dia 27 de fevereiro, às 19h, na Faculdade Campo Real, organizada pelo deputado estadual Fábio Oliveira. Este será um momento decisivo para discutir melhorias e ampliações para o nosso aeroporto e cobrar medidas concretas para fortalecer a aviação regional.
Guarapuava não pode se dar ao luxo de perder essa conquista essencial. Contamos com a sua presença!

Independente
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