Urnas eletrônicas do Paraná passam por teste de integridade na sede do Tribunal Regional Eleitoral

Auditoria ira conferir a captação e a contagem dos votos em 27 urnas sorteadas e escolhidas

21/09/2022 11H46

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) faz o Teste de Integridade em 27 urnas eletrônicas, sorteadas e escolhidas nesta manhã de quarta  (21 de setembro). Os trabalhos foram conduzidos pela Comissão da Auditoria da Votação Eletrônica do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.

A auditoria ira conferir a captação e a contagem dos votos em 27 urnas sorteadas e escolhidas. Cerca de 125 servidoras e servidores do Poder Judiciário e Ministério Público participam do evento.

A juíza eleitoral Luciani Tesseroli Maronezi, coordenadora da Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica, afirma que o esse processo de verificação da integridade e auditoria das urnas eletrônicas é uma inovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Os eleitores serão convidados voluntariamente, assinarão um termo e, se assim permitirem e quiseram, participarão desse teste por meio de sua biometria diretamente das seções eleitorais”, explicou.

O Teste de Integridade, previsto na Resolução TSE nº 23.673/2021, já ocorre há 20 anos nas eleições. É uma votação pública, aberta e auditada, realizada em urna já pronta para a eleição. Em processo filmado, os votos são digitados na urna, contados e o resultado comparado à totalização. Eleitores reais não participam do Teste de Integridade. ​O projeto é flexível, adequando-se às possibilidades dos Tribunais Regionais Eleitorais.

É um dos eventos mais relevantes para atestar o grau de confiança nas urnas eletrônicas, que ocorre nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) no mesmo dia do pleito, e é acompanhado por empresa de auditoria externa. O processo consiste em uma espécie de batimento, cujo objetivo é verificar se o voto depositado é o mesmo que será contabilizado pelo equipamento.

O Teste simula uma votação normal e leva em consideração as circunstâncias que podem ocorrer durante o pleito. Sendo assim, segue o mesmo rito de uma seção eleitoral comum, como emissão da zerésima (documento que comprova não haver nenhum voto na urna antes da votação) e impressão do Boletim de Urna (BU), relatório impresso que contém a apuração dos votos armazenados no equipamento.

Após o sorteio ou indicação das agremiações, as urnas passam pelo Teste no dia seguinte. Na data do pleito, das 8h às 17h, na mesma hora em que ocorre a votação oficial, os números anotados em cédulas previamente preenchidas são digitados, um a um, nas urnas eletrônicas. Paralelamente, os votos em papel também são registrados em um sistema de apoio à votação, que funciona em um computador.

O resultado é apurado na urna eletrônica e confrontado com o obtido através da apuração manual. Essa comparação é feita com o intuito de aferir se o voto eletrônico funcionou adequadamente e se os votos em papel, digitados na urna, foram os mesmos registrados pelo aparelho.

Durante a fiscalização, ainda é verificado se há coincidência entre as cédulas; os boletins de urna; os relatórios emitidos pelo sistema de apoio à auditoria e o Registro Digital do Voto (RDV), a tabela digital em que são assinalados os votos eletrônicos. Até hoje, não foi constatada nenhuma divergência em ambos os processos.

Todo o processo é filmado, conta com a participação de entidades fiscalizadoras e pode ser acompanhado por qualquer pessoa interessada no local de realização do teste. Muitos regionais, inclusive, transmitem os Testes de Integridades ao vivo pela plataforma YouTube.

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