Registro de mortes violentas reduz 40% em uma década no Paraná
Em 2021, foram registradas 1.330 mortes a menos do que em 2012, de acordo com o Relatório de Estatística Criminal da Segurança Pública do Estado do Paraná
(Foto: SESP)
O número de mortes violentas caiu 40% no Paraná na última década. Em 2021, foram registradas 1.330 mortes a menos do que em 2012, de acordo com o Relatório de Estatística Criminal da Segurança Pública do Estado do Paraná, publicado pela Secretaria da Segurança Pública. Os dados do ano passado, quando foram compilados 1.993 crimes dessa natureza, são o segundo menor do período. Em 2012, o pior ano do recorte, foram 3.323 assassinatos no Estado.
Em 2019, o Paraná chegou ao menor número de mortes violentas na década, com 1.931 registros, a primeira vez em que os crimes contra a vida ficaram abaixo do patamar de 2 mil casos. Na comparação com 2012, a redução foi de 42%. Os últimos três anos apresentam reduções expressivas no estudo da Secretaria de Segurança Pública.
A queda nos homicídios dolosos, quando há intenção de matar, foi o que mais impactou nas estatísticas de 2019. Foram 1.780 casos naquele ano, 9% a menos que no ano anterior (1.955) – 2018 tinha, até então, o menor resultado na década. Com relação a 2012 (3.135), a redução nos homicídios foi de 43%. Foram registrados também, em 2019, 99 latrocínios (roubos seguidos de morte) e 52 lesões seguidas de morte.
O menor registro de latrocínios aconteceu no ano passado, com 39 ocorrências, 35% a menos que no anterior (foram 60 casos em 2020) e uma queda de 67% na comparação com os piores anos da década: em 2015 e 2016 foram registrados, em cada um, 117 casos de latrocínio no Paraná.
Em 2021 também houve um dos menores registros de lesão corporal seguida de morte da década. Foram 39 casos no ano passado, o mesmo número registrado em 2018 e três casos a menos que em 2017, o menor do período. As ocorrências, no ano passado, reduziram praticamente pela metade com relação a 2012 e 2013, os piores anos do recorte, quando 77 casos foram registrados em cada um.
FEMINICÍDIO
Desde 2020, a Secretaria da Segurança Pública inclui no relatório as estatísticas de feminicídios no Estado. O crime contra a mulher, fruto de violência doméstica, menosprezo ou discriminação, continua figurando entre os dados gerais de homicídios dolosos, mas tem também separação própria para facilitar a análise dos casos.
No primeiro ano de registro estatístico, 73 mulheres foram vítimas de feminicídio no Paraná, número que passou para 75 no ano passado.
FATORES
O secretário estadual da Segurança Pública, Wagner Mesquita, aponta para alguns fatores que ajudaram na redução de mortes violentas, entre eles uma maior integração entre as forças de segurança. “Isso é resultado do amplo combate à criminalidade que o Paraná tem desempenhado nos últimos anos”, diz. “A morte violenta é, muitas vezes, consequência de outros crimes, como tráfico de drogas. Com maior policiamento ostensivo e investigativo, integração entre as forças e investimento em tecnologia e inteligência, conseguiremos transformar nosso estado em referência na redução dos índices criminais”.
“Além da queda no número de homicídios, o Estado também vem apresentando um aumento no índice de solução de crimes contra a vida”, ressalta a delegada-chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Chies Cecconello. “Uma equipe policial dedicada, o investimento em provas técnicas que auxiliam na elucidação dos crimes de homicídio e o avanço na utilização de ferramentas de inteligência, são essenciais para a redução do registro de mortes violentas no Estado”.
Cecconello também salienta que a maioria dos homicídios é motivada pelo tráfico de drogas e pela disputa de domínio na venda de entorpecentes. “A troca de informações com outras unidades da Polícia Civil e o trabalho conjunto em uma investigação comprometida e técnica auxilia na investigação e prisão dos integrantes desses grupos criminosos, reduzindo o número de homicídios e também de outros crimes”, explica.
“A aplicação do policiamento, com a presença dos policiais militares nas ruas e a eficiência da prevenção foram cruciais para essas quedas na última década”, afirma o tenente Rafael Risoni, da Polícia Militar do Paraná. “Foram diversas operações nas cidades, matas e estradas, aliadas à aplicação de policiais de forma estratégica e mais próximos da população, que refletiram nos resultados. A Polícia Militar do Paraná evolui para acompanhar as mudanças e necessidades do Estado”.
PRIMEIRO TRIMESTRE
O número de mortes violentas também caiu no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados mais recentes, divulgados na semana passada pela Secretaria da Segurança Pública, mostram 551 casos entre janeiro e março deste ano, contra 555 nos primeiros três meses de 2021.
A maior redução, no período, foi nos casos de latrocínios, que caíram 53%. No primeiro trimestre de 2021, foram registrados 17 latrocínios, contra oito no mesmo período deste ano. Também houve redução de 40% no número de ocorrências de lesão corporal com resultado de morte. O número caiu de 15 ocorrências no primeiro trimestre 2021, para nove nos primeiros no mesmo período deste ano.
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