Quando nos perdemos de nós mesmos
* Por Marcos Sidnei Skorupski
* Por Marcos Sidnei Skorupski
É uma pena que este site não aprove publicações com palavrões, pois a vontade de escrever alguns neste texto é gigante. Há um tempo já sem atualizar as reflexões, hoje recebi uma mensagem de uma amiga afirmando estar sentindo falta das postagens. Olha só se isto não é um convite para escrever de novo?
Tem dias que estamos desanimados, desmotivados, descontentes e tantos outros diversos termos que iniciem com a sílaba “des”. Hoje parei para pensar nas características que normalmente fazem as pessoas se lembrarem de mim. E dentre elas, sem dúvidas, está a animação. Quem me conhece sabe como gosto de uma risada. E alta, quase sempre. Mas o volume tem ficado mais baixo nos últimos tempos – literalmente, pois estou me recuperando de uma dor de garganta que me deixou sem voz, e metaforicamente também.
Passamos por fases diferentes, isso é um fato. Mas hoje lembrei do meu “eu” de uns cinco anos atrás. Nada me abalava, enfrentava tudo com uma disposição incomparável. Talvez seja o passar dos anos que nos tira um pouco o “pique”, mas vez ou outra, sinto falta daquele menino que não via dificuldades em nada.
Nós crescemos, e de repente a vida parece se tornar uma competição: de nós com os outros e com nós mesmos. A evolução bate à nossa porta e nos convoca a mudar. E aí começamos: moldamos aqui, moldamos ali, atendemos as expectativas, e chega um momento em que nos questionamos: como eu me tornei essa pessoa?
E aí, de repente, a vida nos surpreende e nos faz relembrar quem somos.
No último sábado, realizei um evento em uma empresa falando sobre motivação e atendimento. Ao final, a proprietária, entre várias coisas, disse o seguinte: “estamos atuando há quinze anos, e hoje você me fez lembrar de algumas coisas que havia esquecido, lá do começo!”
Dentre tudo que ouvi, isto ficou em minha mente. Talvez eu não seja a única pessoa que gostaria de relembrar algumas coisas. Talvez todo mundo sinta falta de algo que já foi ou teve um dia. Mas poder ajudá-la a relembrar desses sentimentos bons, me fez perceber que o rapaz de cinco anos atrás nunca desapareceu. É isto que eu gosto de fazer: coisas boas.
Provavelmente é o piloto automático que nos distancia de nós mesmos. Eu não sei do que você sente falta, mas tenha certeza de que você não está sozinho nessa. Viver é uma montanha-russa de sentimentos, emoções e lembranças, e nem sempre é fácil. Mas há “pequenas” coisas que, de vez em quando, nos fazem abrir os olhos para a vida. Que você possa buscar as coisas que faltam, de mãos dadas com quem você é de verdade. E saiba que isso já é muita coisa!
06 de Março de 2024.

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