Pedágio sob vigilância: o Paraná cansou de pagar no escuro
* Por Fabio Oliveira

* Por Fabio Oliveira
O Paraná vive um novo tempo. Depois de décadas marcadas por concessões rodoviárias envolvidas em escândalos de corrupção — que pouco entregaram e muito sugaram do bolso do paranaense — chegou a hora de virar a página com coragem e participação ativa da sociedade.
É por isso que criamos a ferramenta com recursos próprios, dentro do gabinete na Assembleia Legislativa, porque acreditamos que é possível fazer mais com menos - reconhecida no Prêmio Curitiba Mais Criativa.
A plataforma permite visualizar, em tempo real, o cronograma das obras, fotos do andamento, localização das intervenções, valores investidos e tarifas praticadas. É mais do que um site: é um instrumento de transparência pública, controle social e defesa do dinheiro do contribuinte.
Como engenheiro civil e coordenador da Frente Parlamentar das Engenharias, da Infraestrutura e do Desenvolvimento Sustentável, acredito que estradas bem cuidadas não são luxo — pelo contrário, são um pilar básico para o crescimento econômico. O Paraná é celeiro do Brasil, e a logística é fundamental para escoar a produção, atrair investimentos e gerar empregos.
Vivemos décadas sob um modelo de contrato de concessão fadado ao insucesso, que beneficiou apenas as concessionárias e prejudicou os paranaenses. Empresas admitiram corrupção, assinaram acordos de leniência e devolveram recursos ao Estado.
E é preciso lembrar esse passado. Foram vidas perdidas, famílias enlutadas e obras inacabadas que resultaram em prejuízos ao setor produtivo e a todos os paranaenses — tudo por conta da corrupção admitida pelas concessionárias.
Para se ter uma dimensão, somente a Rodonorte firmou um acordo de R$ 1 bilhão com o Governo do Estado. Além disso, celebrou acordo de leniência com o Ministério Público Federal no valor de R$ 750 milhões — totalizando quase R$ 2 bilhões devolvidos como forma de reparação por obras não entregues e prejuízos causados à população pelos escândalos de corrupção investigados pela Lava Jato.
Enquanto isso, o agricultor, o caminhoneiro, o empresário e o cidadão pagavam caro para trafegar por rodovias sem qualidade.
Hoje, com os novos contratos, temos a chance de fazer diferente. Mas é preciso vigiar para que a história não se repita. Por isso, colocamos a tecnologia a serviço da verdade. Com a participação do CREA-PR, do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) e do G7 — que reúne as principais entidades do setor produtivo — estamos promovendo um modelo de fiscalização compartilhada, que une conhecimento técnico, articulação política e mobilização popular.
A criação dessa ferramenta é também fruto do que acreditamos: valores conservadores, fé cristã, compromisso com o bem comum e respeito ao dinheiro público. A boa política precisa andar de mãos dadas com a ética, a técnica e a transparência.
O Paraná não pode mais aceitar que o passado de corrupção se repita.
* Fabio Oliveira é especialista em gestão pública e deputado estadual.
Independente
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