Meu filho, minha "briga”!

23/06/2021 14H41

* Por Professor Roberto Sene

É comum termos em nossa família, discussões do tipo, "antigamente na minha infância era assim, meu pai me criou assim, tínhamos isso, não podíamos fazer aquilo, minha mãe não dava moleza, tivemos que trabalhar muito cedo, não tínhamos tudo na mão". Certamente você já ouviu e/ou já falou isso.

Esse tipo de fala, revela um típico conflito de geração, onde temos uma geração que queria que as coisas voltassem, repetisse os hábitos, ou seja, que nossos filhos passem um pouco pelo que nós passamos, e, segundo nosso conceito nos moldou e fez de nós o que somos hoje. (mesmo as vezes não saindo coisas muito boas).

É urgente entendermos que no período da pandemia tivemos que mudar nossa visão sobre nossos filhos, a sociedade teoricamente estava funcionando de forma perfeita, ou seja, a geração X  no mercado de trabalho, a Milenium buscando seu espaço e a alpha sendo gerada, até ai tudo em paz.

Todavia, quando a geração do trabalho (X) passou a ter que conviver de forma parental com filhos, esposas, esposos e companheiros, iniciamos um processo de conflito, pois tudo o que os pais acreditam e tem como certo, não fazem sequer sentido para as gerações atuais.

O que devemos entender como pais e educadores, que o tempo do passado, ficou no passando, e aquilo que fez parte da criação e moldagem do que somos hoje, necessariamente não é perfeito. Devemos entender que nossos filhos não estudam, mas aprendem de forma diferente, não vê jornal, mas se informam de forma diferente, não leva nada a sério, mas tem compromissos diferentes.  Talvez não seja bom para a sociedade que tenhamos cópias da anterior, pois podemos ver claramente que a geração anterior não foram exemplos de perfeição.

Porque não mudar a forma de abordagem, abrir a cabeça e entender que cada geração traz a dor e a delícia de viver nela, a palavra chave de tudo isso e EMPATIA, nos colocar no lugar de nossos filhos e ver que muitas coisas do que eles são e fazem não foram feitos e criados por eles, mas foram copiados e ganhados de seus pais e familiares. Podemos ter uma geração melhor, devemos ter uma geração melhor, faça com seu filho o que talvez não fizeram com você, explique, converse, sinta e principalmente escute.

Não podemos construir uma sociedade de intolerantes, violentos, insensíveis, xenofóbicos e brutos, temos que buscar valores que nutram a alma, pois a lição foi e está sendo dada por este vírus, viva mais ame mais construa mais amor que coisas.

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