Londrina estuda utilizar anticoncepcional para controlar população de pombos

A solução é usada em outros países com sucesso

02/02/2025 08H10

A Secretaria Municipal do Ambiente de Londrina, no norte do Paraná, estuda a possibilidade de utilizar anticoncepcional para controlar a população de pombos no centro da cidade. A “luta” do município contra esses pássaros é antiga, tem cerca de 20 anos. Várias soluções já foram propostas, mas até agora nenhuma surtiu o efeito desejado sobre a superpopulação das aves. 

Equipamentos de som, armadilhas e sensores para emitir ondas eletromagnéticas, por exemplo, não adiantaram. As tentativas mais recentes são de 2024: o então prefeito Marcelo Belinati sancionou uma lei que multa em R$ 1 mil quem alimentar os pombos e um canhão de ar que faria um barulho capaz de espantar os animais também foi testado.

Agora, a nova gestão da Secretaria avalia a proposta de alimentar os pombos com ração misturada com anticoncepcional para diminuir a infestação deles na região central. O medicamento capaz de interferir na produção de ovos nas fêmeas tem impacto direto na reprodução dos pássaros.

Em entrevista à TV Tarobá, o secretário Gilmar Domingues explicou que a medida ainda está em análise e que antes de uma decisão ser tomada, é preciso definir como o medicamento pode ser disponibilizado para os pombos e como evitar que outras aves e animais também consumam o anticoncepcional.

ANTICONCEPCIONAL

Apesar de parecer pouco convencional, outros países investiram no anticoncepcional para diminuir a quantidade de pombos em ambientes urbanos e obtiveram sucesso. O método é utilizado em cidades da Holanda, Suíça, Espanha, Bélgica e EUA. 

OVOCONTROL P

A pílula batizada de OvoControl P contém uma substância chamada nicarbazina que impede a eclosão do ovo. Os cientistas afirmam que ela não traz riscos para os pombos, assim como para nenhum outro tipo de pássaro ou animal.

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