Justiça “dá nos dedos” de Pedro Moraes
* Por Rogério Thomas
Apesar de insistir em afirmar que trabalha para manter um clima de cordialidade, de trabalho pelo desenvolvimento coletivo em Guarapuava, o presidente da Câmara de Vereadores, Pedro Moraes, não está tendo dias fáceis. Há pessoas que dizem uma coisa e fazem outra, e Moraes está seguindo este caminho pedregoso, na contramão daquilo que prega.
E quem criou esse clima hostil entre o Legislativo e o Executivo foi ele próprio, ao afirmar em vídeo que “os demônios foram derrotados. Nós vencemos”, logo após sua reeleição para presidente da Casa. Ou pela aprovação “à fórceps” da LOA, que “engessou” a atual administração. Ou pela bebedeira aos gritos de “quem manda em Guarapuaaaava”, em uma lancha no Alagado do Candói. Ou pela postura com os próprios colegas vereadores, que ele “deixou de castigo” e deve concluir a nomeação dos assessores somente nesta segunda.
E assim segue a lista, com vários outros ou... ou... ou...
Mas na noite dessa sexta (31), momentaneamente, o Judiciário “deu nos dedos” do jovem presidente, que não mediu esforços ainda em 2024 para “engessar” o máximo possível a administração do prefeito Denilson Baitala. Um dos golpes mais pesados foi a redução de 17% para 3% a possibilidade de remanejamento do Orçamento do Município sem a necessidade de passar pela Câmara. Esse fato dificultaria a administração, que perderia tempo em todas as emergências pertinentes aos atos administrativos.
O questionamento é: por que Moraes não propôs a redução também no Governo anterior, se ele já era presidente da Câmara? Por que somente agora, com o prefeito Baitala, de quem foi adversário ferrenho nas eleições municipais? Cada um tire suas conclusões!
Voltando a sexta (31)! O judiciário suspendeu de forma imediata os efeitos da Lei n. 3.792/2024 do Município de Guarapuava, que teve a aprovação orquestrada por Moraes e pelo também vereador Pablo Almeida, e que implantava emendas impositivas aos vereadores no valor de R$ 33 milhões. Além disso, a Lei diminuiu de 17% para 3% a possibilidade de remanejamento do Orçamento.
Agora, repito, momentaneamente, a situação está “menos tumultuada” para a atual administração. Momentaneamente porque cabe recurso da decisão, e, com certeza, Moraes vai recorrer no prazo de cinco dias.
Mas vem aí um grande embate jurídico, com alterações na Lei e até mesmo com a necessidade de uma nova aprovação pelos vereadores guarapuavanos.
Band-aid nos dedos ajuda, mas se o presidente continuar desfilando sua arrogância nos tais “bastidores de fumaça do poder”, outros dedos podem ser atingidos, um a um!
A Justiça trabalha no seu tempo, mas sempre está no lugar certo!

Rogério Thomas
Formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em Comunicação Social - Bacharelado em Jornalismo. Já correu esse mundão de Deus, mas ainda não viu de tudo.Deixe seu comentário:
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