Juiz nega venda de relógios e abotoaduras de Richa e manda devolver óculos

Na semana passada, o MP-PR pediu ao juiz autorização para vender pequenos objetos considerados de “grande valor monetário”

18/04/2019 09H39

O juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 9ª Vara Criminal de Criminal, negou na tarde dessa quarta feira (17 de abril) o pedido do Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR) para leiloar antecipadamente bens apreendidos na residência do ex-governador Beto Richa (PSDB), no âmbito da Operação Quadro Negro.

“Embora o decurso do tempo possa causar certo desgaste em objetos pessoais, a natureza dos bens apreendidos não apresenta característica de degradação significativa a ponto de justificar uma medida de natureza urgente. Sendo assim, a prudência aponta para a manutenção dos bens apreendidos até que o Poder Judiciário possa dar uma resposta definitiva às acusações em face do réu”, despachou o juiz. O juiz também determinou a restituição dos óculos de sol e do cinto apreendidos, por se tratar de “bens pessoais de valor menos elevado”. (Veja a lista de ítens apreendidos)

Na semana passada, o MP-PR pediu ao juiz autorização para vender pequenos objetos considerados de “grande valor monetário”. O documento relaciona dezenas de relógios, canetas e óculos de marcas famosas, além de abotoaduras, correntes, aneis, pulseiras, cintos e outros.

O Ministério Público reconhece que, embora possa alcançar grande valor monetário, a venda destes bens não cobre o prejuízo de R$21,7 milhões, em valores não corrigidos, referente ao desvio de verbas da construção de escolas da rede estadual de ensino.

A defesa do ex-governador pediu ao juíz que objetos pessoais apreendidos na Operação Quadro Negro sejam devolvidos. De acordo com a defesa, canetas, relógios, abotoaduras e óculos de sol apreendidos têm "valor irrisório" e são de uso pessoal de Richa.

Na Operação Quadro Negro, Beto Richa é réu em três ações penais, acusado pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva, obstrução de investigação e fraudes à licitação. Ele nega todas as acusações. 

(Com Bem Paraná)

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