Guarapuava registra 19 casos de escorpiões nos últimos três anos

Controle da praga urbana deve ser frequente e com veneno autorizado pela Anvisa. Na região de Guarapuava, cinco empresas registradas no Crea-PR prestaram o serviço no último ano

21/03/2019 17H00

Em 2018 ocorreram 141.400 acidentes envolvendo escorpiões no Brasil, mas o número de mortes causadas pelo aracnídeo ainda não foi divulgado pelo Ministério da Saúde. Em 2017, foram 88 vítimas e, em 2016, 115. No Paraná, no ano passado, foram 3.144 acidentes com o animal e até março deste ano são 456 casos registrados, destes, 19 casos ocorreram em Guarapuava nos últimos três anos.  

Uma forma de fazer o controle de pragas como o escorpião é a dedetização, feita por Engenheiros Agrônomos ou Engenheiros Químicos, especialistas na área, com inseticida autorizado na Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Na Regional Guarapuava do Crea-PR (Conselho de Engenharia e Agronomia do Paraná), cinco empresas habilitadas que contam com responsável técnico prestaram este tipo de serviço no último ano. Em todo o estado, são 99 estabelecimentos registrados que estão atuando rotineiramente com esta atividade técnica.  

No controle preventivo, o profissional de Engenharia avalia a área e identifica as espécies de pragas presentes. Segundo o Gerente da Regional de Guarapuava do Crea-PR Thyago Giroldo Nalim, é a partir dessa análise que o procedimento é adotado. “O controle de pragas ou dedetização é um serviço que ocorre em locais onde as pessoas transitam, como residências, empresas e locais de grande circulação pública, por isso é preciso ter cuidados com a saúde humana. Para cada inseto ou aracnídeo, existe uma quantidade específica de produto. Portanto é de grande importância a orientação técnica de um Engenheiro para a realização desta atividade”, ressalta. 

Para o Engenheiro Agrônomo Eslauco César Dforanen os inseticidas são sim eficientes no combate aos escorpiões, quando a aplicação é feita por profissionais e empresas especializadas no controle de pragas. A dedetizadora dele, por exemplo, adotou três produtos aprovados pela Anvisa para o combate de escorpiões. Ele ainda explica que o escorpião é muito sensível a uso errado do produto. “Além de não matar o animal, faz com que saia dos esconderijos, o que aumenta o risco de ataques”.  

O Engenheiro ainda destaca que a execução de um serviço correto respeita todas as características dos produtos, inclusive sua permanência nos ambientes. Segundo ele, após a dedetização, “a validade do produto é pré-determinada de acordo com o local. Em residências, pode durar de 90 até 120 dias, já em empresas, como restaurantes, de 20 a 30 dias, porque a frequência de limpeza elimina o produto de forma mais rápida”.  É importante destacar que as empresas do segmento precisam ser registradas no Crea-PR, o que garante a participação de um responsável técnico habilitado no serviço.  

CURIOSIDADES  

Junto com as cobras, o escorpião é o animal que mais causa mortes por inoculação de veneno. Os aracnídeos se alimentam de baratas, grilos, cupins e outros insetos. E o animal consegue sobreviver mais de 6 meses sem comer.  O escorpião-amarelo só reage ao toque, para se defender. Por isso, quando o animal for visualizado, a orientação é matá-lo com segurança. Uma maneira é cortar o aracnídeo ao meio, pois o escorpião pode ficar imóvel por horas, aparentando estar morto. O calor e a umidade contribuem para o aparecimento de escorpiões, e o processo de infestação ocorre de forma rápida. O escorpião é capaz de gerar de 2 a 4 crias por ano, com 20 filhotes em média, podendo ter mais de 80 filhotes no ano, de uma única fêmea.  

PREVENÇÃO 

As medidas de prevenção são organizar o quintal e mantê-lo limpo; remover entulhos e sobras de construção; fechar frestas e ralos; usar sacos de areias nos vãos das portas e janelas e não deixar resíduos orgânicos expostos. Em caso de picada de escorpião, deve-se procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com urgência, principalmente em caso de crianças, para tomar o soro antipeçonhento disponibilizado apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  

(Foto: Divulgação)

 

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