Governo do Estado alinha novas ações para a reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu

Entre as principais medidas estão a continuação da limpeza em vias públicas e de terrenos onde serão construídas novas moradias, e a logística para recebimento de donativos

10/11/2025 14H06

Após o tornado que atingiu a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, equipes do Governo do Estado, prefeitura e voluntários alinharam nesta segunda-feira (10 de novembro de 2025) as próximas ações de reconstrução e assistência à população. Entre as principais medidas estão a continuação da limpeza em vias públicas e de terrenos onde serão construídas novas moradias, e a logística para recebimento de donativos.

A principal necessidade no momento são materiais de construção, como rufos, calhas, telhas de 5 mm, pregos, parafusos, betoneiras, tudo que possa servir para construção. A Defesa Civil, prefeitura e bombeiros trabalham, no entanto, para encontrar um local que possa receber as doações, uma vez que poucos espaços não foram afetados pelo tornado em Rio Bonito do Iguaçu.

“Há previsão de chuva para quinta-feira, então o esforço agora é proteger as casas. Também estamos pedindo o apoio de pedreiros, encanadores, eletricistas e carpinteiros da região, porque a mão de obra é essencial neste momento”, destacou o secretário de Estado das Cidades, Guto Silva. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) está colaborando com técnicos para agilizar o levantamento da situação habitacional na cidade.

O secretário também reforçou a importância da ajuda voluntária, mas orientou que as doações sejam encaminhadas corretamente. “As contribuições são muito bem-vindas, mas pedimos que sejam entregues no Corpo de Bombeiros mais próximo, porque a cidade não tem espaço adequado para armazenar os donativos”, disse. Os alimentos e donativos serão entregues em locais como a paróquia da cidade e o Centro do Idoso, já estruturados para esse serviço.

Defesa Civil já entregou 4 toneladas de alimentos em Rio Bonito do Iguaçu; cidade precisa de materiais de construção

A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) também trabalha para mapear a situação das casas na cidade e os locais onde devem iniciar a construção das primeiras unidades. O objetivo é que elas sejam erguidas em terrenos já estruturados pela prefeitura. Para isso, análises serão feitas e, se preciso, limpeza dos locais.

Órgãos públicos, com apoio do Crea-PR, estão levantando o número de imóveis em que será possível a realização de reformas, visando agilizar a reconstrução. As famílias poderão contar com apoio financeiro de até R$ 50 mil, conforme anunciado pelo Governo do Estado e aprovado na Assembleia Legislativa neste domingo (09).

De acordo com o prefeito Sezar Augusto Bovino, uma empresa do Rio Grande do Sul se colocou à disposição para construir 120 moradias provisórias, com banheiro e estrutura básica. “Essas casas temporárias serão entregues sem custo às famílias que estão desamparadas, até que as moradias definitivas fiquem prontas”, destacou.

Rio Bonito do Iguaçu entra agora em uma nova etapa, voltada à reconstrução e à limpeza urbana, comentou o prefeito. “Hoje é o momento da retomada. Já atendemos a prioridade número um, que foi o socorro hospitalar e os casos de acidente. Ontem trabalhamos na área social, com distribuição de alimentos e apoio para o pernoite. Agora estamos retomando a reconstrução parcial das casas e a limpeza do quadro urbano”, disse.

Nesta fase, o trabalho de limpeza tem dois objetivos: permitir que algumas famílias recuperem o mínimo de estrutura para retornar às casas e preparar os terrenos para o início das novas construções. “Queremos ajudar as pessoas para que, em dois ou três dias, consigam acender uma lâmpada dentro de casa. Também estamos cadastrando todas as famílias que perderam 100% de suas residências para começar a limpeza dos lotes com identificação do proprietário”, acrescentou.

ENERGIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL 

A Copel continua trabalhando para restabelecer a rede. Cerca de 50% da cidade está energizada, com sete transformadores ligados neste domingo na região central. Isso vai permitir o início da religação de unidades consumidoras que tiverem a rede e o padrão em pé na residência.

A Companhia também disponibilizou duas vans, uma no posto de comando e outra na região central, para auxiliar a população com informações. A força de trabalho, que antes estava focada na parte de construção pesada, agora terá mais equipes leves, na área urbana e também rural, justamente para verificar a possibilidade de religação nas residências menos afetadas. Servidores da assistência social também farão o acompanhamento e o cadastro dos itens entregues para a população.

A medida visa impedir que pessoas que não precisem de doações tirem proveito da situação de calamidade vivida pela população afetada. Esse cadastro deverá ser descentralizado, com equipes atuando no Centro do Idoso, em frente à sede da Apae, nas proximidades da Rua Euclides Ribeiro e na região do Bugre.

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