GEC 1978: profissionalização com bons investimentos

Categorias de base, um estádio reformulado e o apoio da torcida foram a fórmula para o sucesso do Guarapuava Esporte Clube ao longo de sete anos

13/10/2018 16H59

O futebol de campo de Guarapuava foi tão influenciado pelo Guarapuava Esporte Clube (GEC), chamado por seus torcedores de “Lobão”, que qualquer conversa sobre o esporte leva, inevitavelmente, aos momentos áureos desse clube. O Guarapuava, inclusive, foi a primeira instituição esportiva de futebol da cidade, tendo sua fundação durante a década de 1920.

Contudo, como a maioria dos clubes do Brasil, suas exibições majoritariamente passaram pelo amadorismo. O Lobão disputou o campeonato regional da cidade e ganhou aos poucos destaques ao longo da sua rica história. Tudo isso culminou em um evento marcante mais de 50 anos após a sua criação, que foi o início do processo de profissionalização do clube.

“Em 1975, quando o senhor Hélio Dalla Vecchia ganhou a eleição para a presidência do Guarapuava, ele trouxe a proposta de reestruturação do estádio Lobo Solitário, onde o clube mandava seus jogos, e isso ele fez com louvor”, explica Dirceu Dalmaz, ex-jogador do clube conhecido como Pato, que hoje mantém um acervo histórico pessoal sobre o futebol regional.

A partir desses investimentos, o Lobão foi convidado para disputar a divisão de acesso do Campeonato Paranaense de Futebol, em 1978, tendo bastante destaque com um time que trouxe muitas pratas da casa comandada pelo treinador Borba Filho. “Tínhamos uma equipe muito qualificada, com excelentes jogadores, que dominavam a bola com perfeição e que cumpriam muito bem suas funções táticas no campo”, conta o ex-jogador.

JOGO MARCANTE

Foi exatamente nesse ano que o Lobão esteve em campo na disputa pelo acesso à elite do futebol estadual do Paraná. O time da época era muito jovem, com jogadores de aproximadamente 18 anos, assim como o próprio Pato. Ele conta que no último jogo da competição, na cidade de Toledo, no Oeste do estado, o Guarapuava precisava apenas empatar com a equipe da casa para conseguir sua tão almejada subida à primeira divisão. Entretanto, no finalzinho do jogo, um dos jogadores do Toledo marcou um gol usando a mão.

“Já estava há mais de 45 minutos do segundo tempo e o juiz terminou o jogo depois do gol. Só quando a nossa equipe estava a caminho de casa que o árbitro nos avisou que o gol havia sido anulado e que tínhamos conseguido o resultado”, explica Pato. Com isso, o Lobão estava garantido na Série A do Estadual, sendo assim o primeiro clube da cidade a ir tão longe.

A campanha teve influência muito grande da torcida apaixonada que lotava o estádio Lobo Solitário nos jogos dentro de casa. Quem lembra desse período é o Marcos, que acompanhou alguns jogos do clube. Ele conta que durante a década de 1970 o time tinha muito apoio dos torcedores. “Os torcedores eram apaixonados, principalmente os do Guarapuava, que era o clube das pessoas mais simples”, relata.

(Com Agência Centro-Sul/Fotos: Dirceu Pato)

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