Um caso de injúria por preconceito aconteceu nessa quinta feira (22 de julho), em Guarapuava. Um empresário é suspeito de ter ofendido uma funcionária de um estabelecimento vizinho ao seu.

A denúncia foi feita pela vítima, de 21 anos, aos policiais, por volta das 18h, na rua Tucuruí, Vila Carli, a qual segundo os policiais estava bastante nervosa, constrangida, em lágrimas. Ela relatou a equipe policial que trabalha em uma empresa de piscinas e que um senhor, de 48 anos , sócio proprietário de um restaurante que fica ao lado do seu local de trabalho, foi até a porta da empresa enquanto a jovem atendia a uma cliente e disse para a mesma, "eu não sou obrigado a juntar o lixo de vocês todos os dias, e após essa fala com a intenção de deprecia-la em relação ao seu tom de pele disse: Você que tem essa cor, tem que ir lá e juntar, relatou a vítima, que sentiu sua honra denegrida tanto com as palavras quanto pelo gesto e tom de voz utilizado pelo homem, e que enquanto a mesma recolhia o lixo, o senhor observava da porta do seu estabelecimento.

Após ouvir ao relato da vítima, a equipe foi até o restaurante e em contato com o senhor, este negou a injuria racial e confirmou apenas a irritação em relação ao lixo produzido pela empresa em que a jovem trabalha, que segundo o mesmo é depositado em local que o vento joga para a frente do seu restaurante, e que em nenhum momento utilizou termos se referindo ao tom de pele da jovem.

Os envolvidos foram encaminhadas para a 14ªSDP para os procedimentos cabíveis, foi encaminhada também uma testemunha que disse estar no banheiro no momento dos fatos e ouviu a discussão. Na delegacia de Polícia Civil a vítima decidiu pela não representação criminal contra o acusado.

(Foto:Ilustrativa)