Deputados estaduais aprovaram em 1º turno, nessa quarta feira (23 de novembro), o projeto de lei que autoriza o Governo do Paraná a vender parte da Copel e transformá-la em companhia de capital disperso e sem acionista controlador.

Segundo a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), a proposta recebeu cinco emendas de plenário e, com isso, a matéria retornou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que analisou as emendas, mas teve votação adiada devido ao pedido de vista dos deputados Tadeu Veneri (PT) e Homero Marchese (Republicanos).

“As emendas receberam parecer favorável do relator, deputado Marcel Micheletto (PL). A CCJ volta a se reunir nesta quinta (24), às 8 horas, para deliberar os textos”, divulgou a Alep.

Uma das emendas apresentadas pela Liderança da Oposição autoriza o Poder Executivo a alienar ações da Copel desde que seja assegurado no mínimo 51% das ações ordinárias pelo Estado. Outra ainda garante que o voto de qualidade do Estado possa ser exercido independente do volume de ações que o Paraná possua.

A votação da matéria na Alep ocorreu sob manifestações contrárias à proposta em frente à Casa nesta quarta (24) por parte de funcionários da companhia.

Presidente do Sindicato dos Eletricitários de Curitiba (Sindenel), Alexandre Donizete Martins classificou a situação como “delicada” e afirmou que a medida visa privatizar a Copel.

“A situação é bastante delicada. A nível nacional só temos três estatais, e a Copel é referência para todas as empresas do setor elétrico brasileiro e sul-americano. Nossos resultados são espelhos para todos do setor, até porque a fatura da Copel é 56 e, se for privatizada, isso vai mudar, vai subir e todos serão afetados”, argumentou.