por: Rogério Thomas
sábado, 7 de novembro de 2020 - 21:03:00Antes que alguém “expert” em política se antecipe, não se preocupe, não será declarado voto a ninguém neste texto, apenas uma análise da atual conjuntura e realidade local.
O mundo vive um momento temeroso e, ao mesmo tempo, renovador. Basta olhar os Estados Unidos, onde o imbatível sucumbiu. Vai espernear, mas vai acabar engolido pela maior conquista de todos os tempos: a democracia.
Participo de eleições de uma forma direta há 35 anos. Algumas com amores, outras com dissabores, mas todas com aprendizado incondicional.
Por isso, me sinto muito a vontade para escrever sobre as eleições deste ano em Guarapuava, que já é tema para um futuro livro meu (dos tantos que aguardam sair das anotações nos velhos cadernos de espiral).
Colocar o nome à aprovação popular, numa eleição, não é fácil. Acredite, não é nada fácil.
A política é extremamente necessária em todos os momentos da nossa vida. Todos! Ponto. Mas, também, a má política é a arte de desconstruir a vida de quem se propõe a participar de uma disputa política. E olhe que as etapas são muitas. Filiação partidária, constituição de grupo, convencer com argumentos que é o melhor nome, passar por convenção, disputar a campanha. Ahhhhhhhhh, a campanha!
Na contramão da decência, a má política é a arte da descontrução das pessoas. Por isso, muitos nomes fortes ficam de fora das disputas, pois sabem que a “má política” é devassadora.
Guarapuava rompeu uma barreira nas eleições deste ano. Uma mulher está na disputa direta, por mais que os “entendidos” não entendam isso.
Os entendidos dizem que fulano bate ciclano, e beltrano leva. Ou que beltrano é mais forte que ciclano. Porém, esquecem de combinar isso com o povo. Por melhor que seja a estratégia, ou por maior que seja o volume de dinheiro investido, quem decide o voto é o povo. As estratégias são bacanas, mas o voto popular é único, de um em um, e aí se define quem vence a eleição.
A partir das eleições deste ano, Guarapuava terá um número muito maior de mulheres envolvidas, pois uma barreira foi rompida. Uma mulher buscou e conquistou espaço. Agora, o novo tempo está estabelecido, uma última barreira na política de Guarapuava foi rompida.
E para que a geografia política se torne cada vez mais democrática, que muitas “Janaínas Naumanns” venham nos próximos anos.
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Formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em Comunicação Social - Bacharelado em Jornalismo. Já correu esse mundão de Deus, mas ainda não viu de tudo.