Bolsonaro quer votar no começo do ano mudanças no processo eleitoral brasileiro

Mudanças valem somente para eleições de 2022

16/11/2019 09H01

Em sua já tradicional live semanal no Facebook, o presidente Jair Bolsonaro disse que quer evitar problemas como o que gerou a atual crise na Bolívia, referindo-se à auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA) que apontou fraudes nas eleições daquele país. Bolsonaro disse que quer votar no começo de 2020 um projeto para que seja possível auditar uma eleição. "Ano que vem não dá mais [para mudar regras], mas para 2022 sim".

A ideia, nas palavras do presidente, é “ter certeza de que o voto foi para quem votou”. Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada em setembro pela deputada Bia Kicis (PSL-SP) e atualmente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara segue essa linha e pede a expedição obrigatória de cédulas físicas “conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas em urnas indevassáveis, para fins de auditoria. “Muita gente acha que eu ganhei [as eleições presidenciais] com uma diferença muito maior. Imagina se o outro lado ganha?”, afirmou Bolsonaro.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que interessados em solicitar processos de auditoria devem apresentar pedido fundamentado com indicações de locais. O TSE destaca ainda que é possível verificar os votos por resumo digital, reimpressão de boletim de urna, comparação de boletim impresso e de sistema de totalização, assinatura digital, comparação de relatórios, recontagem de votos pelo registro digital de voto, e comparação de recontagem com boletim de urna.

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