Paraná aparece em segundo no ranking de estelionatos. Veja como se proteger

A média foi de 224 golpes por hora, mais de 3 por minuto

31/07/2024 12H10

Os dados do anuário revelam também que houve um aumento no número de estelionatos no país também aumentou. Foram 1.965.353 casos em 2023; 8,2% a mais que o ano anterior. A média foi de 224 golpes por hora, mais de 3 por minuto, segundo o Anuário.

ESTELIONATOS DIGITAIS

Os casos de estelionatos digitais ficaram mais comuns depois da pandemia. De acordo com o Anuário da Segurança, foi registrado 1 caso a cada 2 minutos em 2023 no Brasil. Foram 235.393 ocorrências, 13,6% a mais que 2022.

O porta-voz do Fórum Rafael Alcadipani explicou a migração pela possibilidade de ‘ganho’ e menor exposição do criminoso. “Outro aspecto é que, como não há possibilidade de estar presente em cada lugar, o criminoso pode montar um esquema com ‘robôs’ e atingir várias vítimas ao mesmo tempo”, comentou.

COMO SE PROTEGER

1 – Na dúvida, não clique: cuidado com links maliciosos
A dica é desconfiar de links de origem desconhecida, mesmo quando enviado por pessoas conhecidas. Os aplicativos mensageiros (tipo WhatsApp e Telegram) e e-mails são as origens mais comuns de links maliciosos.

Os links maliciosos são aqueles que remetem para endereços eletrônicos (URLs) que causam danos no seu computador ou smartphone para invadi-lo e roubar informações. Podem ser mensagens do tipo “Sua fatura do mês chegou” ou “Você foi sorteado” ou “Precisamos da sua ajuda”.

As mensagens despertam gatilhos emocionais nas vítimas, como a solidariedade, a curiosidade, a facilidade, os benefícios, entre outros.

2 – A senha é segredo para guardar a sete chaves: crie senhas originais e fortes
Outra técnica de golpistas é o roubo de senhas. Neste caso, as maiores são aquelas que optam por senhas curtas e óbvias como data de aniversário, nome próprio e números repetidos, por exemplo.

Os criminosos atacam os sites e instalam bots para repetidas tentativas de desbloqueio de contas. A fraude visa o sequestro de contas em blogs, mídias sociais e até em e-commerce. Como as transações financeiras têm sido cada vez mais frequentes também em plataformas de mídias sociais, é preciso estar atento para a segurança das senhas pessoais.

3 – Quando a esmola é muita… Verifique os sites
No golpe da promoção, vale a máxima do quando a esmola é muita, até o santo desconfia! O crime do furto de dados pessoais para fraudes online pode começar em uma promoção tentadora que remete a uma tela falsa.

Os criminosos acessam bancos de clientes de determinado site, simulam um comunicado vantajoso e desenvolvem uma página de Internet de tela falsa, reproduzindo a mesma interface do serviço que você está acostumado a acessar. O site falso muitas vezes é difícil de ser identificado porque simula o site real.

Neste caso, é preciso estar atento a três elementos no endereço eletrônico: possuir o https (o s final significa seguro), o cadeado na barra de navegação e a inscrição site seguro. Se não encontrar, não compartilhe seus dados pessoais nem financeiros.

4 – Devo, não nego, pago quando confiar: confira os dados no boleto
O boleto é um meio de cobrança bastante útil para efetuar pagamentos. O sistema de compensação tornou-se tão popular no Brasil que até virou meme na Internet com ironias e piadas sobre “trabalhar para pagar os boletos”. E, onde há popularidade, há oportunismo criminoso.

A geração de boletos falsos tem sido uma modalidade criminosa bem comum. Os golpistas geram um boleto e inserem dados bancários falsos. O boleto tem o nome do banco, a logomarca do banco, o nome e CNPJ do beneficiário, portanto, para ter certeza de que está pagando o documento certo, confira se se os três primeiros números do código de barras remetem para o banco emissor, se o CNPJ e o nome da empresa estão corretos e esteja atento a erros de português. Na dúvida, consulte o recebedor antes de pagar para não perder dinheiro.

5 – Use o cartão virtual
O golpe do cartão clonado acontece pelo roubo dos dados financeiros do seu cartão de crédito.

A fraude começa quando a vítima insere o cartão em uma máquina física adulterada para sequestrar dados em caixas eletrônicos ou máquinas de pagamento, quando você acessa um site falso e fornece as informações ou mesmo quando criminosos invadem softwares de e-commerce que armazenam na memória online os dados de crédito. Para evitar o risco nas compras em estabelecimentos físicos, opte por cartões de crédito com chip e tecnologia de pagamento por aproximação. Nos caixas eletrônicos, sempre que possível, cadastre o login por dados biométricos (como a digital ou a palma da mão).

Já nas compras online, utilize o cartão virtual único, ou seja, solicite ao banco a geração de um número novo para cada compra. Normalmente, se a instituição financeira oferece o serviço, o cartão virtual é acessado via aplicativo de Internet Banking.

Deixe seu comentário:

Veja Mais