Em Dubai, guarapuavanos apresentam para o mundo experiências de sucesso nas áreas de tecnologia, cooperativismo e sustentabilidade

O cooperativismo também mereceu destaque na programação, com a participação de Jorge Karl

13/10/2021 14H51

Entre os integrantes da comitiva paranaense que participa da Expo Dubai 2020, iniciada no domingo (10 de outubro), nos Emirados Árabes Unidos, estão diversos guarapuavanos representando o poder público e a iniciativa privada. O objetivo é apresentar ao mundo os projetos e ações da cidade que se tornaram referência nos setores do agronegócio, saúde e tecnologia. 

A Expo Dubai é a maior e mais antiga exposição global, que reúne 191 países e espera receber mais de 25 milhões de visitantes durante os seis meses de evento. O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a expor no Pavilhão Brasil, nesta primeira semana, e garantiu espaço para iniciativas guarapuavanas.

Os empresários também querem ampliar os conhecimentos e possibilitar o surgimento de novos negócios. “Guarapuava está se conectando com tudo o que existe de inovação no mundo em termos de estrutura, mobilidade e tecnologia. Estamos em busca de novidades nesses setores para implementar na cidade”, declarou Sávio Denardi, secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação.  

VALE DO GENOMA

Os parques tecnológicos estiveram no centro do debate. Ontem (12), foi apresentado o Cilla Tech Park que abriga o Vale do Genoma. O ex-prefeito de Guarapuava e diretor do Cilla Tech Park, Cesar Silvestri Filho, destacou que as pesquisas realizadas nesse espaço serão usadas no diagnóstico e no tratamento dos pacientes com câncer e para o desenvolvimento de diversos outros estudos e projetos nas áreas de saúde, alimentação e sustentabilidade.  “Entendemos que as universidades já cumprem o seu papel na pesquisa acadêmica, mas estamos fazendo um ecossistema novo, fortalecendo e incentivando a pesquisa aplicada para as necessidades das empresas e dos empreendedores. São pesquisas que vão efetivamente mudar e melhorar a vida das pessoas”, explicou Cesar Filho.

O Cilla e o Vale do Genoma ficam dentro da Cidade dos Lagos, smart city com 4 milhões de metros quadrados que abrigará, em breve, um dos mais modernos hospitais do País para o tratamento do câncer. 

AGRONEGÓCIO E SUSTENTABILIDADE

Entre os assuntos já discutidos, também esteve o mercado de madeira, papel e celulose, agronegócio e a indústria de alimentos e bebidas. O empresário Odacir Antonelli mostrou como é possível o crescimento dos negócios com a manutenção de práticas sustentáveis e de proteção ambiental.

A Repinho Reflorestadora é a terceira maior empresa de compensados do País e mantém as reservas florestais preservadas, sendo economicamente autossuficiente em matéria-prima. “Mantemos árvores de até 60 anos de idade e incentivamos o plantio para preservar a mata nativa e as nascentes. O reflorestamento para a Repinho é ouro verde”, explicou Antonelli.

O cooperativismo também mereceu destaque na programação, com a participação de Jorge Karl, presidente da Agrária. Cerca de 60% de toda a matéria-prima produzida no Paraná passa pelo sistema cooperativo. 

Karl lembrou que o Paraná é pioneiro no plantio direto, que reduz os custos de produção, aumenta a estabilidade do solo e evita o uso massivo de herbicidas e inseticidas. “As cooperativas paranaenses possuem todas as certificações e o Brasil é um dos poucos países do mundo que têm capacidade de crescimento na produção de alimentos sem precisar de grandes áreas”, explicou.

 

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