Ação em curso no Ministério Público questiona que Cesar Silvestri Filho, atual prefeito de Guarapuava, remanejou 62,2% do orçamento em 2014 e 51% em 2015, sem a devida autorização da Câmara Municipal.

A Câmara Municipal de Guarapuava começa a discutir a partir de agora um pedido oficial de cassação do prefeito Cesar Silvestri Filho, candidato à reeleição. A proposta foi protocolada no início da tarde desta quarta-feira (22), com solicitação para instalar uma comissão processante, fundamentada nas pedaladas fiscais que o prefeito cometeu no ano de 2014 e que já vêm sendo investigadas pelo Ministério Público.

Cesar Silvestri Filho é acusado de promover abertura de despesas sem a devida autorização da Câmara de Vereadores, o que é considerado crime de responsabilidade fiscal. Justamente, a mesma base da denúncia que levou à cassação da ex-presidente Dilma Rousseff.

Só no ano de 2014, segundo o pedido apresente à Câmara Municipal, César Filho remanejou por conta própria, em torno de R$ 167 milhões, ou 62,2% do orçamento anual de 268 milhões, ou seja  62,2%.

O Ministério Público representou investigação criminal de nº 0046.15.034309-6, ao Tribunal de Justiça, que acatou a denúncia na ação penal de número 5000572-88.2016.0000, da 2ª câmara Criminal da mesma Corte.

Há outro processo em curso no Ministério Público, também sobre pedaladas fiscais, referentes ao ano de 2015. Nesta ação, Cesar Silvestri Filho responde por remanejamento indevido da ordem de 51%.

A instalação da comissão processante depende da Câmara Municipal, onde Cesar Silvestri Filho mantém estreita parceria política com o atual presidente, João do Napoleão, desde o início do mandato e agora aprofundada na campanha eleitoral. Mesmo se a Câmara não aceitar a comissão, por questões políticas, a decisão não interfere no andamento das ações no Ministério Público.